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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Complexo B

Você já deve ter ouvido falar em complexo B, mas você sabe porque tem esse nome? E quais os benefícios que traz a nossa saúde?

Antigamente achava-se que o complexo B era apenas uma vitamina, mas depois de diversos estudos observou-se que, na realidade, ele é um conjunto de diversas vitaminas. O complexo B é formado pela
tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), niacina (vitamina B3), ácido pantotênico (vitamina B5), piridoxina (vitamina B6), Biotina( vitamina B7, B8 ou H), ácido fólico (vitamina B9), cianocobalamina (vitamina B12).

Essas vitaminas são essenciais ao organismo e ajudam na prevenção de diversas doenças.

             Tiamina (vitamina B1): essa vitamina é essencial para o metabolismo dos carboidratos e ela é uma das substâncias que participa do processo da degradação da glicose em energia. É também essencial para as células, pois facilita o deslocamento dos íons de sódio para a membrana celular.

Sua deficiência causa fadiga, depressão, retardo do crescimento, problemas cardiovasculares, perda de memória,  além de doenças como o beribéri e a síndrome de Korsakoff.    

Ela é encontrada no abacate (clique aqui e saiba mais sobre o abacate), ervilha, nos cereais, no amendoim, carne de porco. A ingestão recomendada de tiamina é de: 1 - 1,2 mg/dia para os homens e 0,9 - 1,1 mg/dia para as mulheres.

              Riboflavina (vitamina B2): antigamente era conhecida como Vitamina G, lactoflavina, ovoflavina, hepatoflavina, verdoflavina e uroflavina. Esses termos indicam a fonte da qual a vitamina foi inicialmente isolada (leite, ovos, fígado, planta e urina).

A riboflavina é essencial  para o metabolismo das gorduras, dos carboidratos e das proteínas. É necessária para a produção de co-fatores enzimáticos, sendo fundamental para o correto funcionamento de diversas enzimas. É a vitamina B2 que converte o folato e a piridoxina (vitamina B6) para as suas formas coenzimáticas.

Ela é encontrada em vegetais folhosos, abacate (clique aqui e saiba mais sobre o abacate), ovos, leite, soja (clique aqui e saiba mais sobre a soja), frutos do mar. Sua deficiencia causa lesões na mucosa da boca, queilose (rachaduras nos cantos dos lábios), língua roxa, catarata e gengivite com epistaxe.

A deficiência pode ocorrer nas pessoas que tem diabetes, hipertireoidismo e cirrose hepática. Pode ocorrer, também, nos idosos, nas mulheres que tomam contraceptivos orais ou nas pessoas que sofreram algum trauma (queimaduras, cirurgias).

             Niacina (vitamina B3): também conhecida como vitamina PP ou ácido nicotínico. Ela está presente nas coenzimas NAD (Nicotinamida adenina dinucleotídeo) e NADP (Nicotinamida Adenina Dinucleotideo fosfato), são coenzimas essenciais nas reações metabólicas de liberação de energia .

A niacina é necessária para o metabolismo energético, para a manutenção da pele, para o crescimento e também para a produção de alguns hormônios. Junto com o triptofano e com o magnésio, a niacina é usada pelo cérebro para produzir a serotonina (substãncia neurotransmissora, ou seja, substância envolvida na comunicação entre neurônios). Segundo estudos, a niacina reduz o colesterol.

Sua deficiencia causa fadiga, cefaléia, perda de memória, depressão e em casos mais grave, causa a pelagra (doença que deixa a pele grossa e pigmentada e a língua preta, além de demência, podendo levar a morte). Em excesso ela provoca ruborização da pele, coceira e disturbios digestivos.

Ela é encontrada nas carnes magras, peixes leguminosas, abacate (clique aqui e saiba mais sobre o abacate) e cereais integrais. Além de ser obtida através da alimentação, a niacina pode ser obtida também através do triptofano, que é um aminoácido que, na presença da vitamina B6, pode ser transformado em niacina (60 mg de triptofano produzem 1 mg de niacina).

  A recomendação de ingestão é de 11 a 35 mg/dia.

          Ácido Pantôtenico (Vitamina B5): também  conhecido como a vitamina "antiestresse", ele é essencial para o metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos. Ele atua na formação de anticorpos, auxilia na utilização das vitaminas e é essencial para a coenzima A (coenzima fundamental para o ciclo de Krebs e é, também, essencial na síntese e oxidação de ácidos graxos), além disso, o Ácido Pantôtenico é  necessário para a produção de hormônios.

Por ser encontrado em diversos alimentos, a sua deficiência é rara. Mas causa fadiga, cãibras musculares, dores abdominais, má produção de anticorpos, fraqueza das unhas e cabelos. O sintoma mais grave da deficiencia é a sensação de ardência nos pés.

Em excesso essa vitamina é facilmente excretada pela urina.

É encontrado no fígado, ovos, leite, centeio, batata, mamão, morango e leveduras. A ingestão recomendada é de até 5 mg/dia.
           
            Piridoxina (Vitamina B6): é um conjunto de 3 substâncias com as mesmas propriedades atribuídas à vitamina B6, são elas: Piridoxol, piridoxamina e piridoxal.

Essa vitamina atua como coenzima para mais de 100 enzimas envolvidas no metabolismo de aminoácidos. Ela atua na produção de hormônios e estimula as funções defensivas das células. Ela tem papel fundamental na transformação do triptofano em niacina. Ela atua também no metabolismo do glicogênio (substância armazenada no fígado para reserva energética).

A vitamina B6 é importante também na gestação, pois seu excesso ou carência pode gerar má formação fetal.

Sua deficiência é rara, e ocorre principalmente por causa de fármacos, em pessoas que ingerem muita bebida alcoólica e em mulheres grávidas com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. A deficiência pode causar: dermatite, feridas na boca e na língua, distúrbios neurológicos (depressão, nervosismo) e diarréia.

Essa vitamina é encontrada na batata, cereais integrais, banana, peito de frango, atum. A recomendação de ingestão é de 1,1 a 100 mg/dia.

               Biotina (vitamina B7): também conhecida como vitamina B8 ou vitamina H,  atua como coenzima em reações de carboxilação e é também essencial para o metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos. Segundo estudos, a biotina age diretamente na formação da pele e tem papel importante no crescimento dos cabelos.

A sua deficiencia é rara, mas causa cansaço, depressão, náuseas, queda de cabelo, enfraquecimento muscular e dermatite. Quanto ao excesso,ainda não foram detectados nenhum problema.

Pode ser encontrada nas carnes, leite, nozes, levedura, arroz integral. Além de ser encontrada nos alimentos, a biotina é produzida pelas bactérias intestinais. A recomendação de ingestão é de 30 mcg/dia.

            Ácido fólico (vitamina B9): também conhecido como folacina ou vitamina M, o ácido fólico é a forma mais estável do folato. Ele auxilia na construção de outras moléculas e está envolvido na síntese dos ácidos nucleicos (DNA, RNA) e das células sanguíneas. Além disso ele atua junto com a vitamina B12 na transformação e síntese das proteínas e também atua na prevenção de doenças cardíacas e câncer.


O ácido fólico é essencial ao crescimento e funcionamento da medula óssea e do sistema nervoso. Segundo estudos, a ingestão de ácido fólico 3 meses antes da mulher engravidar, e 3 meses depois da fecundação previne em mais da metade as chances do bebê ter alterações do tubo neural.


De acordo com pesquisas, o consumo adequado reduz o risco de desenvolvimento do Alzheimer.


A sua deficiência  causa anemias, insônia, problemas de crescimento, dificuldade de memorização, diarréia, dermatites e perda de cabelo. Nos casos mais severos pode levar a anemia megaloblástica (produção de glóbulos vermelhos gigantes e imaturos), podendo levar a morte.


É encontrado em diversos alimentos, principalmente no fígado e folhosos verdes escuros (couve, espinafre, rúcula). A ingestão recomendada de folato é de 400 mcg/dia para adultos e de 600 mcg/dia para gestantes.


           Cobalamina (vitamina B12): Essa vitamina tem o cobalto na sua composição (por isso cobalamina). Ela  participa como coenzima em diversas reações e é essencial para a formação das hemácias,  para a função dos nervos e para o crescimento.


Segundo estudos, a vitamina B12 também é essencial para o desenvolvimento do feto.


A sua deficiência causa cansaço, perda de memória, irritabilidade, depressão e parestesias (sensações cutâneas como frio, calor, formigamentos). Assim como o folato, nos casos mais severos pode causar  a anemia megaloblástica (produção de glóbulos vermelhos gigantes e imaturos), podendo levar a morte.


Além de ser produzida no intestino grosso, a cobalamina pode ser encontrada nos alimentos de origem animal


A recomendação de ingestão é de 2,4 mcg/dia. 


Com esse breve resumo sobre as vitaminas do complexo B nota-se que elas são essenciais ao organismo e que suas deficiências podem gerar sérios riscos, até mesmo a morte.


E aí, você sabia que as vitaminas do complexo B tinham tantas funções no nosso organismo?
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